Ginecologia Geral

Procedimentos em ginecologia:

 

 Anticoncepção

- Inserção de DIU:


DIU não-hormonal (Cobre ou Cobre com prata):

  Os Dispositivos Intrauterinos (DIUs) não-hormonais em uso na prática diária (cobre e prata com cobre) são métodos seguros e bem tolerados, com taxas de falha na vida real semelhantes à esterilização cirúrgica feminina. Entretanto, vale lembrar que nenhum método contraceptivo exibe 100% de eficácia, nem mesmo a laqueadura.


  Nos critérios de elegibilidade para uso dos métodos contraceptivos, propostos pela OMS os DIUs , tem um amplo espectro para sua indicação e poucas situações onde não devem ser utilizados. Basicamente estas se restringem às mulheres que sangram muito ou têm cólicas, miomas grandes ou tumores no útero. Com o evoluir da tecnologia de fabricação e com as novas publicações a respeito, oferecendo resultados bastante positivos, tem se verificado um crescimento do uso do DIU em todo mundo. 


  O DIU de Cobre foi o primeiro a ser desenvolvido e não possui hormônios em sua composição. Ele funciona provocando uma reação inflamatória no útero, alterando o muco e tornando-o um ambiente desfavorável para a fecundação. A substância do cobre diminui a movimentação dos espermatozóides que entram em contato com a cavidade uterina na hora da relação sexual, impedindo-os de subirem até a trompa. Por não ser um método hormonal, a menstruação não será suspensa, podendo aumentar o fluxo menstrual, bem como as cólicas desse período, especialmente nos seis primeiros meses após a inserção (período de adaptação). Sua validade máxima é de 10 anos (depende do modelo escolhido juntamente com seu ginecologista), podendo ser retirado a qualquer momento antes desse prazo, em consultório médico.


  O DIU de Prata também não possui hormônios em sua composição, e foi criado com o objetivo de amenizar o aumento de fluxo menstrual e cólicas associadas ao DIU de cobre. Ele também possui cobre na sua composição, mas associado então a outro metal: a prata. O mecanismo que impede a gravidez é o mesmo do anterior e promete menos efeitos sobre o ciclo menstrual, o que ainda não foi comprovado por estudos científicos. Na prática, é muito parecido com o DIU de cobre. Ele tem duração máxima de 5 anos e também pode ser retirado a qualquer momento, em consultório médico.


  A quais sinais e sintomas devo ficar atenta após a colocação? É normal ter sangramento e cólicas após a colocação. Caso esse sangramento esteja prolongado (>15 dias) ou intenso e a dor seja muito forte, sem melhora com analgésicos, é importante procurar seu médico para avaliar a possibilidade de expulsão do DIU que embora rara, existe. É extremamente necessário manter o acompanhamento com seu ginecologista - nas consultas de revisão após a inserção e nas consultas de rotina subsequentes é verificado se você está se adaptando ao método e também conferida a posição do DIU (que deve estar dentro do útero para garantir suas propriedades contraceptivas).


  É importante ressaltar que apesar de ser um método contraceptivo extremamente seguro, o DIU (qualquer um dos tipos) não protege contra doenças sexualmente transmissíveis, o que torna o uso da camisinha necessário durante as relações sexuais.

 


DIU Hormonal:

  Os dispositivos intra-uterinos hormonais são pequenos polímeros em formato de “T”, com um reservatório que contém o hormônio progesterona. Atuam através da liberação contínua de uma pequena dose baixa de progesterona diariamente, na cavidade endometrial. A ação se dá pelo espessamento do muco cervical e consequente dificuldade na motilidade e ascensão dos espermatozóides e pela alteração do microambiente endometrial, que se torna  inóspito para implantação embrionária. 


  As duas opções de DIU hormonal atualmente disponíveis são o DIU Mirena® e o DIU Kyllena®, as diferenças entre os dois são o tamanho e a quantidade de hormônio liberado. O DIU Kyleena® é menor, mede 30 mm de comprimento, por 28 mm de largura e 1,55 mm de espessura, sendo mais indicado para pacientes que nunca gestaram ou possuem útero menor. Por sua vez, o  DIU Mirena® mede 32 mm de comprimento, por 32 mm de largura e 1,90 mm de espessura e é mais indicado para pacientes que já gestaram ou possuem doenças como endometriose e adenomiose pois, além de maior, possui 52 mg de hormônio armazenado, com liberação de hormônio de 20 mcg por dia, enquanto o DIU Kyleena® libera 17,5 mcg nos primeiros 24 dias após a sua inserção e 15,3 mcg após 60 dias.  Os dois dispositivos possuem duração de 05 anos (podendo ser retirados antes, havendo retorno imediato da fertilidade) e eficácia elevada, com um índice de falha de 0,2% ao ano e também podem ser utilizados para tratamento de patologias pélvicas, pacientes que estão amamentando, pacientes com risco elevado de trombose e como adjuvantes na terapia de reposição hormonal. 

 

Implante Contraceptivo Subdérmico.

  O Implante Contraceptivo Subdérmico é um um bastão que tem cerca de 2 mm de diâmetro por 4 cm de comprimento. Ele é inserido no antebraço, liberando continuamente um hormônio chamado etonogestrel. Esse hormônio bloqueia a ação dos ovários, impedindo a ovulação, torna o endométrio atrófico e também altera o muco cervical. A inserção é feita com anestesia local e é praticamente indolor. Sua eficácia contraceptiva é maior do que a ligadura das trompas uterinas, tem duração de 3 anos e pode ser usado por mulheres de qualquer idade. As principais vantagens são a alta eficácia na prevenção da gravidez, na maioria dos casos impede a menstruação e reduz a tensão pré-menstrual. No entanto, pode piorar a acne e a oleosidade da pele, além de causar pequenos escapes menstruais. É importante sempre discutir com seu médico e avaliar corretamente as indicações para todos os métodos contraceptivos.

 

- Colposcopia e a Vulvoscopia

  A colposcopia e a vulvoscopia auxiliam na avaliação da vulva, da vagina e do colo do útero. Para fazer o exame, é utilizado um aparelho com sistema de lentes de aumento, chamado colposcópio, que é semelhante a um microscópio. O objetivo principal desse exame é detectar lesões no trato genital inferior, como aquelas causadas pelo Papilomavírus Humano, o HPV. Algumas dessas lesões podem evoluir para câncer de colo uterino, de vagina e de vulva. Se diante dessas lesões, o ginecologista pode realizar uma biópsia, ou seja, a coleta de fragmentos de tecido, que são então encaminhados para exame anatomopatológico. 

  O exame pode ser realizado no consultório médico. A paciente não deve estar menstruada e deve-se, preferencialmente, evitar relações sexuais nas 48 horas anteriores ao exame, sendo também recomendado que não seja usado creme vaginal antes do procedimento. O procedimento não causa dor, mas a paciente pode sentir um incômodo pela inserção do espéculo e uma sensação de ardência decorrente da solução que é aplicada para melhor visualização das possíveis lesões. 

 

- Cirurgias para Infertilidade 

  A cirurgia para investigação da infertilidade, na maioria das vezes, é composta por duas etapas:

Histeroscopia: Entramos com uma câmera dentro da cavidade uterina em busca de alterações que podem diminuir as chances de gravidez, como pólipos, miomas submucosos, septos, sinéquias, dentre outros.  É um procedimento  simples, seguro e de alta acurácia para estudar o canal cervical, cavidade uterina e óstios tubários.


Laparoscopia: A videolaparoscopia permite a visualização de toda cavidade abdominal e pélvica. Realizamos  diagnóstico e tratamento da endometriose, aderências pélvicas, cistos (especialmente os endometriomas), obstruções tubárias e miomas uterinos. Pode também ser realizada em casos de infertilidade sem causa aparente, em busca de alterações não identificadas em exames prévios. 
Os procedimentos cirúrgicos possuem taxas de sucesso diretamente proporcionais ao grau de comprometimento tubário e profundidade de endometriose. Ainda são uma excelente opção para pacientes com infertilidade. São feitos a nível ambulatorial, não precisando ficar internada, salvo situações especiais.

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