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  • Foto do escritor: Afetiv Reprodução Humana
    Afetiv Reprodução Humana
  • 28 de ago. de 2024
  • 5 min de leitura

O congelamento de óvulos é uma técnica de reprodução humana assistida que permite preservar a quantidade e a qualidade das células reprodutivas femininas frente ao avanço da idade e outros fatores prejudiciais. 


Para isso, realiza-se a criopreservação de ovócitos maduros e saudáveis. De maneira objetiva, trata-se de um tipo de procedimento que faz toda a diferença quando se decide adiar a maternidade. Neste artigo, mostramos os principais aspectos sobre o congelamento de óvulos. Continue a leitura e veja como a técnica pode ajudar no seu planejamento familiar!



Este artigo está dividido nos seguintes tópicos:

Como o congelamento de óvulos funciona?

Quando o congelamento de óvulos é indicado?

Quais os riscos e chances de gravidez?

Quando o congelamento dos óvulos é indicado?


O congelamento de óvulos é indicado para mulheres por diversas razões, entre elas estão:

Preservação da fertilidade: tratamentos oncológicos, como a radioterapia ou a quimioterapia, ou ainda, cirurgia ovariana, podem afetar a fertilidade. Nesses casos, o congelamento de óvulos é realizado antes da mulher iniciar o tratamento contra o câncer, por exemplo, permitindo que ela tenha um filho biológico futuramente.

Tratamento de Fertilização in Vitro (FIV): nos casos em que a coleta de espermatozoides do parceiro da paciente não resulta em um número considerado ideal para a FIV, os óvulos coletados no procedimento poderão ser congelados para aguardar uma coleta melhor de gametas masculinos. Existem também casos de mulheres que preferem congelar os óvulos excedentes resultantes da indução ovulatória que é realizada durante o tratamento de FIV, como uma garantia para próximas gestações ou em casos de falhas.

Baixa reserva ovariana: congelar os óvulos pode ser uma opção importante para pacientes que apresentam histórico familiar de menopausa precoce ou quando precisam remover os ovários por doenças benignas, como cistos de endometriose, ou que serão submetidas a tratamentos de doenças autoimunes que possam comprometer a reserva ovariana.

 

Como funciona a coleta e o congelamento dos óvulos? 

O procedimento do congelamento de óvulos inicia com a indução da ovulação, que consiste na administração de hormônios, que podem ser aplicados pela própria paciente, durante um período de aproximadamente dez dias. Esse procedimento tem como objetivo potencializar o crescimento de um número maior de folículos dentro de um mesmo ciclo menstrual, resultando na coleta de mais de um óvulo, ao contrário do que ocorre na ovulação natural.


Na segunda etapa, é realizado o monitoramento da ovulação, que visa acompanhar a eficácia dos hormônios utilizados para a indução da ovulação por meio de ultrassonografias e/ou exames de sangue, que permitem medir os folículos que se desenvolveram e prever de maneira aproximada a quantidade de óvulos que serão resultantes do procedimento de coleta.

Cerca de 34 a 36 horas após a última aplicação hormonal orientada pelo especialista é realizada a coleta dos óvulos resultantes da indução ovariana. O procedimento é feito sob anestesia e os óvulos são aspirados utilizando uma pequena agulha acoplada a um aparelho de ultrassonografia, que permite a orientação do especialista. A coleta leva aproximadamente de 10 a 15 minutos e a paciente não deve sentir nenhuma dor, ou dor de leve intensidade, podendo ser liberada momentos após o procedimento.


Após serem aspirados, os óvulos passam por substâncias chamadas de crioprotetoras, que evitam a formação de cristais de gelo durante o congelamento de óvulos, preservando a qualidade da célula.


O óvulo, após ser coletado e devidamente preparado, é inserido em um recipiente armazenador próprio, que possui nitrogênio líquido a -196°C em seu interior para o congelamento, e ali fica armazenado.


Quanto mais rápido for o processo de congelamento de óvulos, melhor, pois as estruturas do óvulo serão menos danificadas e, consequentemente, a qualidade do gameta é preservada.

Quando a mulher deseja engravidar, os óvulos são descongelados. Atualmente, a taxa de sobrevivência dos gametas a esse processo é de cerca de 95%. No laboratório, os óvulos serão fecundados pelo espermatozoide do parceiro ou do doador, o que formará um embrião. O embrião viável, ou embriões viáveis, é transferido para o útero da paciente, a fim de completar o seu desenvolvimento.


Qual a melhor idade para congelar os óvulos?

A idade é um fator-chave para quem decide adiar a gestação. Devido ao declínio da reserva ovariana, mulheres mais jovens têm mais e melhores óvulos, o que aumenta as chances da criopreservação ser bem-sucedida.


A partir dos 35 anos, o desafio de preservar a fertilidade aumenta. Isso porque, com o avanço da idade, a quantidade e a qualidade dos óvulos diminuem consideravelmente. Ao mesmo tempo, aumentam as taxas de má-formação cromossômica e abortamento espontâneo.

Por tudo isso, a melhor idade para realizar o congelamento de óvulos seria antes dos 35 anos, idealmente, entre os 25 e 35 anos.


Quanto tempo o óvulo pode ficar congelado?

Não existe um limite de tempo para o armazenamento dos óvulos congelados. Existem casos nos quais a mulher engravida com óvulos congelados por mais de 10 anos. Essa durabilidade é possível quando a qualidade do material é preservada, isto é, quando o congelamento dos óvulos é realizado da maneira correta.


Há garantia de engravidar? 

O congelamento de óvulos é uma alternativa, mas não é garantia de uma gestação futura. As chances de engravidar estão relacionadas à idade da mulher. Uma mulher que congelou os óvulos antes dos 35 anos e que puderam produzir três blastocistos tem uma chance de concepção bem alta, acima de 80%. Agora, uma paciente que tem o mesmo número de blastocistos, mas congelou seus óvulos após os 40 anos, tem chances mais baixas. Por isso, o ideal é congelar os óvulos o mais cedo possível. 


O processo de coleta de óvulos é seguro?

A coleta de óvulos é segura, mas, como qualquer procedimento cirúrgico, deve ser feita em clínica especializada e credenciada com profissionais experientes e de confiança. A mulher que deseja congelar os óvulos deve entender como funciona o processo e conhecer seus possíveis riscos.


A indução da ovulação, feita com hormônios, por exemplo, pode provocar uma hiperestimulação dos ovários, que pode resultar em alterações metabólicas ou problemas de maior gravidade, incluindo a trombose venosa profunda. No entanto, sua ocorrência é rara, pois várias medidas podem ser tomadas para evitá-la.


Quantos óvulos são necessários para o congelamento?

Quanto maior o número de óvulos, maior a chance de conseguir bons embriões para transferência e, com isso, maior é a chance de gravidez. A cada 6 óvulos congelados, é possível conseguir uma transferência de embriões.


Quanto custa todo o procedimento?

O custo é relativo, pois varia de clínica para clínica, mas todo o procedimento (estimulação + coleta + congelamento) costuma custar entre R$ 10 mil e R$ 20 mil, além do valor de manutenção dos óvulos congelados, que tem uma mensalidade em torno de R$600,00 por ano. 


Para concluir, o congelamento de óvulos como forma de preservar as funções reprodutivas, quando bem indicado e corretamente executado, é muito benéfico para mulheres que desejam gerar um filho, mas precisam adiar esse sonho.


Cabe ao especialista responsável oferecer informações individualizadas sobre a segurança do procedimento e probabilidade de ser bem-sucedido.


Esperamos que o conteúdo tenha sido esclarecedor! E caso tenha ficado com alguma dúvida, entre em contato conosco para agendar uma consulta.




  • Foto do escritor: Afetiv Reprodução Humana
    Afetiv Reprodução Humana
  • 26 de ago. de 2024
  • 3 min de leitura

A escolha de um banco de sêmen é um passo importante para casais e indivíduos que desejam ter filhos por meio de técnicas de reprodução assistida. Com o avanço da medicina reprodutiva, os bancos de sêmen desempenham um papel vital ao fornecer amostras de alta qualidade para aqueles que precisam de assistência para a concepção. Neste artigo, discutiremos como esses bancos funcionam e forneceremos orientações para ajudá-lo a escolher o banco de sêmen adequado às suas necessidades.



Como funcionam os bancos de sêmen?

Os bancos de sêmen são instituições especializadas que coletam, testam, armazenam e distribuem amostras de sêmen de doadores. Esses bancos seguem rigorosos padrões éticos e regulatórios para garantir a segurança e a qualidade das amostras fornecidas. A seguir, estão os passos básicos envolvidos no funcionamento de um banco de sêmen:


Triagem de doadores: Os doadores são submetidos a uma triagem rigorosa, que inclui exames médicos abrangentes, histórico familiar, histórico genético e testes de doenças transmissíveis. Aqueles que atendem a todos os critérios estabelecidos são selecionados como doadores de sêmen.


Coleta e processamento: O sêmen é coletado por meio de masturbação em um ambiente privado. As amostras são então processadas em laboratório para separar os espermatozoides do restante do fluido seminal. Dependendo das diretrizes do banco de sêmen, as amostras podem ser congeladas para armazenamento a longo prazo ou usadas imediatamente.


Testes de qualidade: Todas as amostras de sêmen são testadas para avaliar a concentração de espermatozoides, motilidade, morfologia e outras características. Esses testes garantem que apenas amostras de alta qualidade sejam distribuídas.


Armazenamento: As amostras de sêmen são armazenadas em tanques de nitrogênio líquido a temperaturas ultrabaixas. Essa criopreservação permite que as amostras sejam mantidas por longos períodos, garantindo sua viabilidade.


Seleção e distribuição: Com base nas preferências e tipagem sanguíneados casais ou indivíduos, os bancos de sêmen ajudam na seleção de doadores com características físicas, traços de personalidade e histórico médico específicos. As amostras escolhidas são distribuídas para uso em técnicas de reprodução assistida, como a inseminação artificial ou a fertilização in vitro.



Como escolher um banco de sêmen?


Ao selecionar um banco de sêmen, é fundamental considerar alguns aspectos importantes:


Reputação e credibilidade: Pesquise sobre a reputação do banco de sêmen. Verifique se ele segue as regulamentações e padrões éticos estabelecidos pelas autoridades competentes. Avalie a experiência do banco e procure por avaliações de clientes anteriores.


Variedade de doadores: Verifique se o banco oferece uma ampla variedade de doadores com características físicas, genéticas e histórico médico. Quanto maior a diversidade de doadores disponíveis, maior será a probabilidade de encontrar um que se adeque às suas preferências.


Testes e triagem: Certifique-se de que o banco de sêmen realiza uma triagem rigorosa dos doadores, incluindo testes abrangentes para doenças genéticas e infecciosas. Isso garante a segurança e a qualidade das amostras fornecidas.


Políticas de anonimato e privacidade: Verifique se o banco de sêmen segue políticas de anonimato dos doadores, protegendo a identidade deles. Além disso, verifique as políticas de privacidade do banco para garantir que suas informações pessoais sejam mantidas confidenciais.


Suporte e aconselhamento: Considere se o banco de sêmen oferece suporte e aconselhamento aos casais ou indivíduos que estão passando pelo processo de seleção e uso de amostras de sêmen. Um suporte profissional pode ser essencial para lidar com as emoções e os desafios envolvidos nesse processo.


Localização e logística: Avalie a localização do banco de sêmen e a logística envolvida no envio das amostras. Verifique se eles possuem procedimentos adequados de transporte e se as amostras podem ser entregues com segurança e eficiência.


Conclusão

Escolher um banco de sêmen é um passo crucial para aqueles que desejam iniciar uma família por meio de técnicas de reprodução assistida. Ao entender como esses bancos funcionam e ao considerar os aspectos mencionados acima, você estará mais bem preparado para tomar uma decisão informada.


Lembre-se de que a escolha de um banco de sêmen deve ser baseada em critérios pessoais e nas necessidades individuais. Consultar profissionais de saúde especializados em reprodução assistida também pode ser útil para obter orientações e recomendações adicionais.


Com a seleção cuidadosa de um banco de sêmen confiável e apropriado, você estará dando um passo importante em direção ao seu sonho de ter filhos e construir uma família.


  • Foto do escritor: Afetiv Reprodução Humana
    Afetiv Reprodução Humana
  • 14 de ago. de 2024
  • 4 min de leitura

Infertilidade é a dificuldade de se reproduzir. Essa condição normalmente refere-se ao diagnóstico feito quando um casal não obtém êxito em sua intensão de engravidar mesmo mantendo relações sexuais sem o uso de qualquer método contraceptivo, após o período de 12 meses.



Estima-se que as probabilidades de um casal em idade fértil engravidar está entre 15 a 25% por mês, e após o período de 1 ano, essa taxa cumulativa vai ser de aproximadamente 80%. Por esse motivo, o tempo de espera se faz necessário antes que sejam iniciadas as investigações sobre infertilidade.


O insucesso na busca pela gravidez pode estar relacionado a diversas possibilidades, como aspectos biológicos da mulher, do homem, ou até mesmo de ambos. E mesmo que alguns desses fatores possam ser permanentes, graças aos avanços da tecnologia assim como da medicina reprodutiva, já podemos contar com alternativas que ajudam a potencializar as chances de sucesso.


Se você se identificou com as informações trazidas até aqui, lembre-se que é sempre importante consultar-se com um médico especialista para que o mesmo possa avaliar as condições fisiológicas quanto à fertilidade do casal. Quer descobrir como esse diagnóstico é feito? Então continue acompanhando o nosso artigo para conferir as principais informações e entender mais sobre o assunto!


O QUE VOCÊ VAI VER POR AQUI: 

Introdução

Exames que identificam a infertilidade feminina

Exames que identificam a infertilidade masculina


A infertilidade atinge cerca de 15% dos casais e suas causas são diversas. Felizmente, existem hoje disponíveis diversos exames que conseguem avaliar e identificar a infertilidade do casal. São eles:


Exames que identificam a infertilidade feminina

  • Ultrassonografia transvaginal

    A ultrassonografia transvaginal consiste na realização de um exame de ultrassom por via intravaginal. Por se tratar de um exame de fácil avaliação e interpretação, ele acaba sendo um dos mais solicitados pelos especialistas. 


    A partir das imagens produzidas na ultrassonografia transvaginal é possível identificar possíveis irregularidades na região pélvica, como por exemplo, câncer, cistos, gravidez ectópica, infecções, ou até mesmo confirmar uma gravidez.

 

  • Dosagem de hormônios

    A dosagem de hormônios, ou como também é chamada, avaliação hormonal, é realizada a partir da coleta de sangue. Através desse exame, é possível identificar se existe alguma condição endócrina que possa estar dificultando a gravidez da mulher. 


  • Histerossalpingografia

    A histerossalpingografia (HSG) é um dos principais métodos para diagnóstico no que diz respeito à infertilidade conjugal. A partir dele é possível acompanhar o trajeto que o espermatozóide percorre até a trompa de Falópio, local esse onde o óvulo é fertilizado. 


    Esse exame, apesar de parecer complexo, é realizado ambulatorialmente por um médico radiologista e não há necessidade de sedação ou de internação. Nele, a mulher deve permanecer em posição ginecológica, semelhante à posição para o exame de Papanicolau. Em seguida , com o auxílio de um cateter, é injetado um líquido chamado contraste. Após aplicação do contraste, são feitos exames de raio-X que têm como objetivo acompanhar o percurso do contraste dentro do útero e em direção às tubas uterinas.

 

  • Biópsia do endométrio

    A biópsia do endométrio é um exame realizado para identificar possíveis mudanças ocorridas no interior do útero. Nesse procedimento, o médico especialista faz a inserção de uma sonda pelo colo do útero, em seguida, usando sucção, remove uma pequena quantidade do tecido do endométrio. O tecido recolhido é enviado para ser analisado em laboratório. 


    Dentre as alterações identificadas pela biópsia do endométrio, podemos destacar a presença de sangramentos ou células anormais que podem vir a comprometer a fertilidade feminina.

 

  • Videolaparoscopia

    O exame de videolaparoscopia, como o nome já sugere, é realizado a partir da introdução de uma câmera para avaliar a existência de miomas, cistos, endometriose ou demais anomalias que podem causar dificuldades na mulher para engravidar.


    Mesmo se tratando de um exame simples, deve ser feito sob anestesia geral. O procedimento em si consiste na realização de um pequeno corte na região do umbigo. Em seguida, o médico especialista insere uma câmera para avaliar as estruturas da paciente. Atualmente, o exame de videolaparoscopia é um dos que possibilitam um melhor diagnóstico e com o menor índice de erro.

 

Exames que identificam a infertilidade masculina


  • Espermograma

    No que diz respeito a exames para identificar infertilidade masculina, o espermograma é considerado um dos mais comuns. Com ele é possível avaliar a composição do sêmen, assim como sua qualidade.


    Ele é realizado em ambiente laboratorial através da obtenção de uma amostra de sêmen de uma única ejaculação.


    Após a coleta, é levado em conta o tempo de liquefação dessa amostra e somente depois ela é encaminhada para que sejam realizadas análises mais profundas com métodos automatizados e/ou microscopia. 

 

  • Ultrassonografia da bolsa testicular

    A ultrassonografia de bolsa testicular é um exame que tem como objetivo avaliar a integridade dos testículos e investigar possíveis alterações anatômicas e funcionais desses órgãos.


    Considerando que os testículos são os responsáveis pela formação dos espermatozóides (gametas masculinos), e que, com as secreções prostática e seminal, formam o sêmen, a qualidade dos espermatozóides pode ser diretamente comprometida se houver alteração testicular.

 

  • Análise hormonal

    A análise hormonal é realizada através de exames de sangue. Com ele é possível identificar, por exemplo, baixos níveis de testosterona no homem, que podem vir a causar problemas na produção de espermatozóides. No entanto, essa condição pode ser facilmente corrigida por meio de uma terapia hormonal indicada por um médico endocrinologista.


  • Exame de urina

    A coleta de urina também é utilizada para avaliar a fertilidade masculina quando há suspeitas de ejaculação retrógrada, situação em que o sêmen é conduzido para a bexiga. 


    Essa condição pode ser resultado de fatores diversos como traumas mecânicos, neurológicos ou até por efeitos colaterais de alguma medicação. 


    No entanto, a ejaculação retrógrada pode ser facilmente tratada a partir do uso de medicamentos.

 

Conte conosco!

Esperamos ter te ajudado a esclarecer as suas principais dúvidas sobre os assuntos relacionados à infertilidade. Vale lembrar também que a avaliação médica do casal é fundamental para a obtenção de um diagnóstico preciso e que possa direcioná-los ao melhor tratamento.

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