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  • Foto do escritor: Afetiv Reprodução Humana
    Afetiv Reprodução Humana
  • 20 de set. de 2024
  • 3 min de leitura

Atualizado: 7 de out. de 2024

Quando um casal está há mais de um ano sem conseguir engravidar, mesmo sem a utilização de métodos contraceptivos, é preciso investigar as causas que levaram a essa dificuldade. Segundo dados da União Europeia de Urologia, 15% dos casais que procuram tratamento para infertilidade, apenas 5% continuam sem filhos. Já a Organização Mundial de Saúde (OMS) afirma que, em um de cada quatro casais que procuram tratamento para infertilidade, tanto o homem quanto a mulher apresentam disfunções. Em torno de 50% dos casais inférteis, existe um fator masculino ou isolado ou em associação com um fator feminino.


Durante muito tempo, o problema era relacionado apenas às mulheres e pouco se falava sobre a infertilidade masculina. Hoje, sabe-se do seu real impacto, tanto nas chances de engravidar, quanto na vida do casal. Por isso, iremos falar neste artigo sobre a infertilidade masculina e suas causas. Continue acompanhando!



O que você verá por aqui:
  1. As causas da infertilidade masculina

  2. Como o diagnóstico é realizado

  3. Tratamento


Quais são as causas da infertilidade masculina?

Na maioria dos casos, os fatores que deixam o homem infértil têm origem no organismo do paciente, seja devido a uma doença ou a alguma alteração no DNA espermático.

Entre as doenças que podem causar infertilidade no homem, estão:


  • Varicocele, dilatação anormal das veias dentro da bolsa escrotal, - é a causa mais comum;


  • Criptorquidia unilateral ou bilateral, ou seja, a falta do testículo dentro da bolsa escrotal;


  • Torção testicular, que pode resultar em isquemia do testículo afetado e afetar a produção de espermatozoides;


  • História prévia de trauma testicular;


  • Infecções do trato genital masculino, tais como prostatite e epididimite, pois podem levar à obstrução do trato reprodutivo e subsequente infertilidade;


  • Orquite (inflamação no testículo) pós-caxumba. O acometimento testicular ocorre em 40 – 70% dos casos de caxumba pós-puberal;


  • Pacientes com câncer testicular que foram tratados com quimioterapia, radioterapia, cirurgia retroperitoneal, ou uma combinação destas técnicas;


  • Febre, viremia ou bacteremia podem causar uma disfunção testicular temporária;


  • História familiar de diabetes mellitus, uma vez que a diabete pode levar à ejaculação retrógrada ou à ausência da emissão seminal;


  • Cirurgias vesicais, pélvicas, retroperitoneais e transuretrais;


  • Alterações genéticas.



Fatores de risco:

  • Tabagismo;


  • Alcoolismo;


  • Uso de drogas, como maconha, cocaína, heroína, crack e haxixe;


  • Estilo de vida;


  • Condições sistêmicas, como diabetes e câncer e seus tratamentos, também podem prejudicar a produção de espermatozoides pelo testículo;


  • Exposição ocupacional a gonodotoxinas, um tipo de pesticida;


  • Exposição ao cádmio, chumbo e manganês;


  • Trabalhadores expostos ao calor intenso;


  • Uso frequente de saunas e banheiras com água quente.



Como o diagnóstico é realizado?

O primeiro passo para que o diagnóstico seja feito é procurar um especialista, que fará um espermograma, exame que será a base das decisões relativas à abordagem adequada. O exame analisa o volume, o pH, o número total de espermatozóides, a motilidade, a morfologia e os leucócitos. A partir dele, o homem pode partir para uma análise hormonal. Esses exames poderão detectar infecções, problemas nas glândulas sexuais acessórias e doenças sexualmente transmissíveis, dependendo da avaliação clínica.


Muitas causas da infertilidade masculina podem ser detectadas também por meio da pesquisa na história familiar do paciente, através de um estudo genético, que permite um aconselhamento genético adequado ao casal que pretende ter um bebê. Isto é feito em casos de azoospermia ou oligospermia severa ou ainda quando se está investigando causa de aborto repetido.


Outros métodos menos usuais incluem a ecografia Doppler a cores do escroto, ultrassom, e até —ainda que raramente— a biópsia testicular. A escolha do exame depende da história clínica e exame físico do homem.

 

Tratamento

Após fazer uma investigação minuciosa, o médico descobrirá qual dos fatores são responsáveis pela infertilidade. Com o diagnóstico em mãos, o paciente pode se submeter a um dos seguintes tratamentos de reprodução humana:


  • Fertilização in vitro (FIV);

  • Inseminação artificial (IA);

  • Uso de vitaminas antioxidantes;

  • Cirurgia para reversão da vasectomia;

  • Injeção intracitoplasmática de espermatozoides (ICSI);

  • Entre outros.


Existem muitas causas possíveis para a infertilidade masculina, mas a boa notícia é que os tratamentos também são muitos. Por isso, ela deve ser tratada com a orientação de um profissional qualificado para que as chances de o casal ter a sonhada gestação sejam maiores. 


Caso queira saber mais sobre o assunto, entre em contato conosco e agende uma consulta!

  • Foto do escritor: Afetiv Reprodução Humana
    Afetiv Reprodução Humana
  • 30 de ago. de 2024
  • 3 min de leitura

O processo de concepção nem sempre é tão simples quanto se espera.  A idade é um dos fatores mais significativos que afetam a fertilidade tanto em homens quanto em mulheres. Neste artigo, discutiremos a influência da idade, os principais desafios que podem surgir e as opções disponíveis para casais que desejam ter filhos mais tarde na vida.



  1. A fertilidade Feminina e a idade

    A idade tem um impacto profundo na fertilidade feminina devido à quantidade e qualidade dos óvulos disponíveis. A mulher nasce com todos os óvulos que terá em sua vida. A cada mês, o número de óvulos diminui. Além disso, a qualidade dos óvulos também se deteriora com o tempo, o que aumenta o risco de doenças genéticas e anomalias cromossômicas.


  1. A queda da fertilidade feminina com o tempo

    A fertilidade feminina começa a diminuir significativamente após os 30 anos. Aos 35 anos, essa queda torna-se mais acentuada, e aos 40 anos, a fertilidade declina drasticamente. A taxa de gravidez mensal para mulheres com mais de 40 anos é bem menor em comparação com mulheres mais jovens. Isso pode levar a um aumento nas dificuldades para engravidar naturalmente e um aumento nas taxas de infertilidade.


  1. Infertilidade Masculina e a idade

    Embora a idade não afete a fertilidade masculina da mesma maneira que a feminina, ela ainda pode ter um papel importante na capacidade reprodutiva dos homens. Mesmo que homens continuem produzindo espermatozoides ao longo da vida, a qualidade dos espermatozoides pode ser afetada pelo envelhecimento, principalmente a partir dos 45 anos.


  1. Riscos de gravidez em idades avançadas

    A gravidez após os 35 anos também está associada a um maior risco de complicações médicas tanto para a mãe quanto para o bebê. A partir desta idade aumenta o risco da gestante desenvolver  hipertensão e diabetes gestacional, assim como complicações durante o parto. Além disso, o risco de aborto espontâneo aumenta significativamente com a idade materna.


  1. O papel da tecnologia e da reprodução assistida

    A medicina reprodutiva tem evoluído significativamente e oferece diversas opções para casais que desejam ter filhos em idades mais avançadas. Tratamentos como a fertilização in vitro (FIV) têm proporcionado a muitos casais a oportunidade de realizar o sonho da paternidade ou maternidade, mesmo enfrentando desafios relacionados à idade.


  1. Fertilização in Vitro (FIV) e outros tratamentos

    A FIV é um tratamento de reprodução assistida que envolve a fertilização de óvulos com espermatozoides em laboratório e a transferência do embrião para o útero da mulher. É uma opção comum para casais com problemas de fertilidade relacionados à idade, mas também requer cuidadosa avaliação médica e consideração emocional antes de ser iniciada. 


    Ainda na linha das opções de tratamento, podemos pensar na realização de biópsia embrionária, chamada PGT (sigla em inglês para pre-implantation genetic test - teste genético pré-implantacional). Consiste em  um teste genético que identifica alterações cromossômicas numéricas (aneuploidias) em embriões antes de sua implantação. Uma vez que as alterações numéricas são mais comuns em mulheres em idade avançada, esse teste pode ser aliado no tratamento. 


  1. Criopreservação de óvulos e espermatozoides

    Para casais que desejam adiar a paternidade ou maternidade, a criopreservação de óvulos e espermatozoides é uma alternativa viável. Esse procedimento permite que óvulos ou espermatozoides sejam coletados e congelados para uso posterior, mantendo a qualidade genética na idade atual. 


  1. Doação de gametas

    Existem diversas situações que indicam tratamento com doação de gametas. Quando falamos de idade feminina, as indicações são: falhas repetidas em tratamentos usando óvulos próprios ou ainda se a mulher já estiver na menopausa. Da mesma forma, se houver suspeita de impacto negativo da idade do homem, pode ser buscado sêmen doado para o tratamento. Assim, óvulos ou espermatozóides de doadores podem ser utilizados para atingirmos o sonho do bebê em casa.


  2. Orientação e apoio psicológico

    A decisão de enfrentar questões de fertilidade em idades avançadas pode ser emocionalmente desafiadora. É essencial que os casais busquem orientação e apoio psicológico durante todo o processo, garantindo que possam tomar decisões informadas e lidar com as emoções envolvidas.


  3. Considerações finais

    A idade é um fator crucial que afeta a fertilidade, tanto para homens quanto para mulheres. Engravidar em idades avançadas pode ser mais desafiador, mas com a ajuda da medicina reprodutiva, muitos casais conseguem realizar o sonho de ter filhos. No entanto, é importante estar ciente dos riscos e desafios associados e buscar aconselhamento médico adequado para tomar decisões informadas.


    Em última análise, cada casal é único, e a decisão de quando e como começar a família é pessoal. É fundamental abordar a questão da fertilidade em idades avançadas com cuidado, paciência e apoio adequado, garantindo que todas as opções sejam consideradas e compreendidas plenamente. A ciência e a tecnologia têm avançado de forma significativa, proporcionando esperança e possibilidades para aqueles que buscam realizar seu desejo de ter um filho, independentemente da idade.


  • Foto do escritor: Afetiv Reprodução Humana
    Afetiv Reprodução Humana
  • 26 de ago. de 2024
  • 3 min de leitura

A escolha de um banco de sêmen é um passo importante para casais e indivíduos que desejam ter filhos por meio de técnicas de reprodução assistida. Com o avanço da medicina reprodutiva, os bancos de sêmen desempenham um papel vital ao fornecer amostras de alta qualidade para aqueles que precisam de assistência para a concepção. Neste artigo, discutiremos como esses bancos funcionam e forneceremos orientações para ajudá-lo a escolher o banco de sêmen adequado às suas necessidades.



Como funcionam os bancos de sêmen?

Os bancos de sêmen são instituições especializadas que coletam, testam, armazenam e distribuem amostras de sêmen de doadores. Esses bancos seguem rigorosos padrões éticos e regulatórios para garantir a segurança e a qualidade das amostras fornecidas. A seguir, estão os passos básicos envolvidos no funcionamento de um banco de sêmen:


Triagem de doadores: Os doadores são submetidos a uma triagem rigorosa, que inclui exames médicos abrangentes, histórico familiar, histórico genético e testes de doenças transmissíveis. Aqueles que atendem a todos os critérios estabelecidos são selecionados como doadores de sêmen.


Coleta e processamento: O sêmen é coletado por meio de masturbação em um ambiente privado. As amostras são então processadas em laboratório para separar os espermatozoides do restante do fluido seminal. Dependendo das diretrizes do banco de sêmen, as amostras podem ser congeladas para armazenamento a longo prazo ou usadas imediatamente.


Testes de qualidade: Todas as amostras de sêmen são testadas para avaliar a concentração de espermatozoides, motilidade, morfologia e outras características. Esses testes garantem que apenas amostras de alta qualidade sejam distribuídas.


Armazenamento: As amostras de sêmen são armazenadas em tanques de nitrogênio líquido a temperaturas ultrabaixas. Essa criopreservação permite que as amostras sejam mantidas por longos períodos, garantindo sua viabilidade.


Seleção e distribuição: Com base nas preferências e tipagem sanguíneados casais ou indivíduos, os bancos de sêmen ajudam na seleção de doadores com características físicas, traços de personalidade e histórico médico específicos. As amostras escolhidas são distribuídas para uso em técnicas de reprodução assistida, como a inseminação artificial ou a fertilização in vitro.



Como escolher um banco de sêmen?


Ao selecionar um banco de sêmen, é fundamental considerar alguns aspectos importantes:


Reputação e credibilidade: Pesquise sobre a reputação do banco de sêmen. Verifique se ele segue as regulamentações e padrões éticos estabelecidos pelas autoridades competentes. Avalie a experiência do banco e procure por avaliações de clientes anteriores.


Variedade de doadores: Verifique se o banco oferece uma ampla variedade de doadores com características físicas, genéticas e histórico médico. Quanto maior a diversidade de doadores disponíveis, maior será a probabilidade de encontrar um que se adeque às suas preferências.


Testes e triagem: Certifique-se de que o banco de sêmen realiza uma triagem rigorosa dos doadores, incluindo testes abrangentes para doenças genéticas e infecciosas. Isso garante a segurança e a qualidade das amostras fornecidas.


Políticas de anonimato e privacidade: Verifique se o banco de sêmen segue políticas de anonimato dos doadores, protegendo a identidade deles. Além disso, verifique as políticas de privacidade do banco para garantir que suas informações pessoais sejam mantidas confidenciais.


Suporte e aconselhamento: Considere se o banco de sêmen oferece suporte e aconselhamento aos casais ou indivíduos que estão passando pelo processo de seleção e uso de amostras de sêmen. Um suporte profissional pode ser essencial para lidar com as emoções e os desafios envolvidos nesse processo.


Localização e logística: Avalie a localização do banco de sêmen e a logística envolvida no envio das amostras. Verifique se eles possuem procedimentos adequados de transporte e se as amostras podem ser entregues com segurança e eficiência.


Conclusão

Escolher um banco de sêmen é um passo crucial para aqueles que desejam iniciar uma família por meio de técnicas de reprodução assistida. Ao entender como esses bancos funcionam e ao considerar os aspectos mencionados acima, você estará mais bem preparado para tomar uma decisão informada.


Lembre-se de que a escolha de um banco de sêmen deve ser baseada em critérios pessoais e nas necessidades individuais. Consultar profissionais de saúde especializados em reprodução assistida também pode ser útil para obter orientações e recomendações adicionais.


Com a seleção cuidadosa de um banco de sêmen confiável e apropriado, você estará dando um passo importante em direção ao seu sonho de ter filhos e construir uma família.


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