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  • Foto do escritor: Afetiv Reprodução Humana
    Afetiv Reprodução Humana
  • 30 de ago. de 2024
  • 3 min de leitura

O processo de concepção nem sempre é tão simples quanto se espera.  A idade é um dos fatores mais significativos que afetam a fertilidade tanto em homens quanto em mulheres. Neste artigo, discutiremos a influência da idade, os principais desafios que podem surgir e as opções disponíveis para casais que desejam ter filhos mais tarde na vida.



  1. A fertilidade Feminina e a idade

    A idade tem um impacto profundo na fertilidade feminina devido à quantidade e qualidade dos óvulos disponíveis. A mulher nasce com todos os óvulos que terá em sua vida. A cada mês, o número de óvulos diminui. Além disso, a qualidade dos óvulos também se deteriora com o tempo, o que aumenta o risco de doenças genéticas e anomalias cromossômicas.


  1. A queda da fertilidade feminina com o tempo

    A fertilidade feminina começa a diminuir significativamente após os 30 anos. Aos 35 anos, essa queda torna-se mais acentuada, e aos 40 anos, a fertilidade declina drasticamente. A taxa de gravidez mensal para mulheres com mais de 40 anos é bem menor em comparação com mulheres mais jovens. Isso pode levar a um aumento nas dificuldades para engravidar naturalmente e um aumento nas taxas de infertilidade.


  1. Infertilidade Masculina e a idade

    Embora a idade não afete a fertilidade masculina da mesma maneira que a feminina, ela ainda pode ter um papel importante na capacidade reprodutiva dos homens. Mesmo que homens continuem produzindo espermatozoides ao longo da vida, a qualidade dos espermatozoides pode ser afetada pelo envelhecimento, principalmente a partir dos 45 anos.


  1. Riscos de gravidez em idades avançadas

    A gravidez após os 35 anos também está associada a um maior risco de complicações médicas tanto para a mãe quanto para o bebê. A partir desta idade aumenta o risco da gestante desenvolver  hipertensão e diabetes gestacional, assim como complicações durante o parto. Além disso, o risco de aborto espontâneo aumenta significativamente com a idade materna.


  1. O papel da tecnologia e da reprodução assistida

    A medicina reprodutiva tem evoluído significativamente e oferece diversas opções para casais que desejam ter filhos em idades mais avançadas. Tratamentos como a fertilização in vitro (FIV) têm proporcionado a muitos casais a oportunidade de realizar o sonho da paternidade ou maternidade, mesmo enfrentando desafios relacionados à idade.


  1. Fertilização in Vitro (FIV) e outros tratamentos

    A FIV é um tratamento de reprodução assistida que envolve a fertilização de óvulos com espermatozoides em laboratório e a transferência do embrião para o útero da mulher. É uma opção comum para casais com problemas de fertilidade relacionados à idade, mas também requer cuidadosa avaliação médica e consideração emocional antes de ser iniciada. 


    Ainda na linha das opções de tratamento, podemos pensar na realização de biópsia embrionária, chamada PGT (sigla em inglês para pre-implantation genetic test - teste genético pré-implantacional). Consiste em  um teste genético que identifica alterações cromossômicas numéricas (aneuploidias) em embriões antes de sua implantação. Uma vez que as alterações numéricas são mais comuns em mulheres em idade avançada, esse teste pode ser aliado no tratamento. 


  1. Criopreservação de óvulos e espermatozoides

    Para casais que desejam adiar a paternidade ou maternidade, a criopreservação de óvulos e espermatozoides é uma alternativa viável. Esse procedimento permite que óvulos ou espermatozoides sejam coletados e congelados para uso posterior, mantendo a qualidade genética na idade atual. 


  1. Doação de gametas

    Existem diversas situações que indicam tratamento com doação de gametas. Quando falamos de idade feminina, as indicações são: falhas repetidas em tratamentos usando óvulos próprios ou ainda se a mulher já estiver na menopausa. Da mesma forma, se houver suspeita de impacto negativo da idade do homem, pode ser buscado sêmen doado para o tratamento. Assim, óvulos ou espermatozóides de doadores podem ser utilizados para atingirmos o sonho do bebê em casa.


  2. Orientação e apoio psicológico

    A decisão de enfrentar questões de fertilidade em idades avançadas pode ser emocionalmente desafiadora. É essencial que os casais busquem orientação e apoio psicológico durante todo o processo, garantindo que possam tomar decisões informadas e lidar com as emoções envolvidas.


  3. Considerações finais

    A idade é um fator crucial que afeta a fertilidade, tanto para homens quanto para mulheres. Engravidar em idades avançadas pode ser mais desafiador, mas com a ajuda da medicina reprodutiva, muitos casais conseguem realizar o sonho de ter filhos. No entanto, é importante estar ciente dos riscos e desafios associados e buscar aconselhamento médico adequado para tomar decisões informadas.


    Em última análise, cada casal é único, e a decisão de quando e como começar a família é pessoal. É fundamental abordar a questão da fertilidade em idades avançadas com cuidado, paciência e apoio adequado, garantindo que todas as opções sejam consideradas e compreendidas plenamente. A ciência e a tecnologia têm avançado de forma significativa, proporcionando esperança e possibilidades para aqueles que buscam realizar seu desejo de ter um filho, independentemente da idade.


  • Foto do escritor: Afetiv Reprodução Humana
    Afetiv Reprodução Humana
  • 14 de ago. de 2024
  • 4 min de leitura

Infertilidade é a dificuldade de se reproduzir. Essa condição normalmente refere-se ao diagnóstico feito quando um casal não obtém êxito em sua intensão de engravidar mesmo mantendo relações sexuais sem o uso de qualquer método contraceptivo, após o período de 12 meses.



Estima-se que as probabilidades de um casal em idade fértil engravidar está entre 15 a 25% por mês, e após o período de 1 ano, essa taxa cumulativa vai ser de aproximadamente 80%. Por esse motivo, o tempo de espera se faz necessário antes que sejam iniciadas as investigações sobre infertilidade.


O insucesso na busca pela gravidez pode estar relacionado a diversas possibilidades, como aspectos biológicos da mulher, do homem, ou até mesmo de ambos. E mesmo que alguns desses fatores possam ser permanentes, graças aos avanços da tecnologia assim como da medicina reprodutiva, já podemos contar com alternativas que ajudam a potencializar as chances de sucesso.


Se você se identificou com as informações trazidas até aqui, lembre-se que é sempre importante consultar-se com um médico especialista para que o mesmo possa avaliar as condições fisiológicas quanto à fertilidade do casal. Quer descobrir como esse diagnóstico é feito? Então continue acompanhando o nosso artigo para conferir as principais informações e entender mais sobre o assunto!


O QUE VOCÊ VAI VER POR AQUI: 

Introdução

Exames que identificam a infertilidade feminina

Exames que identificam a infertilidade masculina


A infertilidade atinge cerca de 15% dos casais e suas causas são diversas. Felizmente, existem hoje disponíveis diversos exames que conseguem avaliar e identificar a infertilidade do casal. São eles:


Exames que identificam a infertilidade feminina

  • Ultrassonografia transvaginal

    A ultrassonografia transvaginal consiste na realização de um exame de ultrassom por via intravaginal. Por se tratar de um exame de fácil avaliação e interpretação, ele acaba sendo um dos mais solicitados pelos especialistas. 


    A partir das imagens produzidas na ultrassonografia transvaginal é possível identificar possíveis irregularidades na região pélvica, como por exemplo, câncer, cistos, gravidez ectópica, infecções, ou até mesmo confirmar uma gravidez.

 

  • Dosagem de hormônios

    A dosagem de hormônios, ou como também é chamada, avaliação hormonal, é realizada a partir da coleta de sangue. Através desse exame, é possível identificar se existe alguma condição endócrina que possa estar dificultando a gravidez da mulher. 


  • Histerossalpingografia

    A histerossalpingografia (HSG) é um dos principais métodos para diagnóstico no que diz respeito à infertilidade conjugal. A partir dele é possível acompanhar o trajeto que o espermatozóide percorre até a trompa de Falópio, local esse onde o óvulo é fertilizado. 


    Esse exame, apesar de parecer complexo, é realizado ambulatorialmente por um médico radiologista e não há necessidade de sedação ou de internação. Nele, a mulher deve permanecer em posição ginecológica, semelhante à posição para o exame de Papanicolau. Em seguida , com o auxílio de um cateter, é injetado um líquido chamado contraste. Após aplicação do contraste, são feitos exames de raio-X que têm como objetivo acompanhar o percurso do contraste dentro do útero e em direção às tubas uterinas.

 

  • Biópsia do endométrio

    A biópsia do endométrio é um exame realizado para identificar possíveis mudanças ocorridas no interior do útero. Nesse procedimento, o médico especialista faz a inserção de uma sonda pelo colo do útero, em seguida, usando sucção, remove uma pequena quantidade do tecido do endométrio. O tecido recolhido é enviado para ser analisado em laboratório. 


    Dentre as alterações identificadas pela biópsia do endométrio, podemos destacar a presença de sangramentos ou células anormais que podem vir a comprometer a fertilidade feminina.

 

  • Videolaparoscopia

    O exame de videolaparoscopia, como o nome já sugere, é realizado a partir da introdução de uma câmera para avaliar a existência de miomas, cistos, endometriose ou demais anomalias que podem causar dificuldades na mulher para engravidar.


    Mesmo se tratando de um exame simples, deve ser feito sob anestesia geral. O procedimento em si consiste na realização de um pequeno corte na região do umbigo. Em seguida, o médico especialista insere uma câmera para avaliar as estruturas da paciente. Atualmente, o exame de videolaparoscopia é um dos que possibilitam um melhor diagnóstico e com o menor índice de erro.

 

Exames que identificam a infertilidade masculina


  • Espermograma

    No que diz respeito a exames para identificar infertilidade masculina, o espermograma é considerado um dos mais comuns. Com ele é possível avaliar a composição do sêmen, assim como sua qualidade.


    Ele é realizado em ambiente laboratorial através da obtenção de uma amostra de sêmen de uma única ejaculação.


    Após a coleta, é levado em conta o tempo de liquefação dessa amostra e somente depois ela é encaminhada para que sejam realizadas análises mais profundas com métodos automatizados e/ou microscopia. 

 

  • Ultrassonografia da bolsa testicular

    A ultrassonografia de bolsa testicular é um exame que tem como objetivo avaliar a integridade dos testículos e investigar possíveis alterações anatômicas e funcionais desses órgãos.


    Considerando que os testículos são os responsáveis pela formação dos espermatozóides (gametas masculinos), e que, com as secreções prostática e seminal, formam o sêmen, a qualidade dos espermatozóides pode ser diretamente comprometida se houver alteração testicular.

 

  • Análise hormonal

    A análise hormonal é realizada através de exames de sangue. Com ele é possível identificar, por exemplo, baixos níveis de testosterona no homem, que podem vir a causar problemas na produção de espermatozóides. No entanto, essa condição pode ser facilmente corrigida por meio de uma terapia hormonal indicada por um médico endocrinologista.


  • Exame de urina

    A coleta de urina também é utilizada para avaliar a fertilidade masculina quando há suspeitas de ejaculação retrógrada, situação em que o sêmen é conduzido para a bexiga. 


    Essa condição pode ser resultado de fatores diversos como traumas mecânicos, neurológicos ou até por efeitos colaterais de alguma medicação. 


    No entanto, a ejaculação retrógrada pode ser facilmente tratada a partir do uso de medicamentos.

 

Conte conosco!

Esperamos ter te ajudado a esclarecer as suas principais dúvidas sobre os assuntos relacionados à infertilidade. Vale lembrar também que a avaliação médica do casal é fundamental para a obtenção de um diagnóstico preciso e que possa direcioná-los ao melhor tratamento.

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